quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Quando falo em vida, falo em amor.. Porque penso que eles se confundem. Simplesmente. Talvez seja apenas uma romântica, talvez seja a minha forma de ver as coisas, só.
Mas quando falo em amor falo em pluralidade. Falo em juntar o preto e o branco, falo em ser verdadeiro, falo em não questionar, apenas sentir, viver, AMAR.
Mas hoje em dia.. Sei lá porque a gente ama.. O amor já não é para sempre (terá alguma vez sido?!), o que se diz muitas vezes é da boca para fora, e amor e sexo se confundem da forma mais simples e estranha. Já não conhecemos as pessoas porque não sabemos se podemos acreditar naquilo que elas dizem, não sabemos até onde podemos ir..
Hoje li um artigo.. Mais concretamente uma pesquisa feita, no ramo da Psicologia, misturando-se com a Sociologia (forma mais bela das ciências se conjugarem, se entrelaçarem na busca de um resultado comum, uma resposta). Nessa pesquisa, era feita uma comparação entre revistas dirigidas ao público feminino e masculino. No fundo falava-se em algo como as meninas serem formadas socialmente para viver um amor, uma paixão que se iria prolongar no tempo e onde tudo podemos mexer, tudo podemos tocar, tudo depende de nós. Bem, há uma conjuntura social que nos levaria a procurar esse amor verdadeiro, que está à espera na esquina. Por outro lado, as revistas masculinas. Que enaltecem a diversidade, a pluralidade, a vivencia de experiências, a exploração. A beleza feminina no topo dos conteúdos, o bom vivant regressando à ribalta. E a isto se resume a nossa sociedade, concluía certo parágrafo deste texto. As meninas fazem uma busca incessante, e não culpam o sistema se não o encontram! Antes, vêm a sua auto-estima arrastada na lama. Entretanto, do outro lado, naquele que acreditam ser o seu príncipe encantado, são recebidas por um homem que recebeu da sociedade e em toda a sua educação exactamente a mensagem contrária.. Palavras para que!
Aqui, fala talvez uma voz magoada, talvez uma voz que não se quer calar perante tal conclusão. Porque se pensarmos, talvez a minha mãe tenha razão, ou mais precisamente uma determinada letra musical. “Apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e ainda vivemos como os nossos pais..”. E só posso considerar isso muito triste.

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