domingo, 28 de fevereiro de 2010

A chuva cai, lá fora. Aqui dentro, vestida de branco, e roxo, os sonhos atravessam a estrada.. E talvez, em algum lugar, uma luz nos guia.. Eu tenho a minha. Em forma de tartaruga, iluminada. Que um dia vos apresentarei.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

As vezes sinto muita saudade... Saudade de pessoas que tornamos importantes. Saudades do passado que um dia foi futuro.. Saudades de pessoas que te conhecem num simples abrir e fechar de olhos, que respiram os mesmos sonhos que tu.. Momentos que parecem tão presentes ainda. Pessoas que despertam sorrisos num simples olhar, trocas de sorrisos, trocas de emoções, trocas de segredos.. Porque o meu mundo é feito de pessoas especiais, da importancia que lhes dou mesmo quando já não estão aqui do meu lado.. Pessoas que sem dúvida marcaram momentos.. Amores, amigos que um dia se consideram verdadeiros, que dão muito e de mim receberam também. Às vezes mais distantes, às vezes reaparecendo (esta semana retomei o contacto com uma grande amiga.. momento de felicidade), trazendo boas lembranças, carinho, despertando o melhor de mim. Esta sou eu, valorizando muito as pessoas, valorizando muito pequenos gestos, amando por inteiro, temendo por inteiro, me entregando por inteiro. Há pessoas que conseguiram neste mundo ter a minha adoração, o meu carinho e o meu amor. E isso vai para sempre ser parte de mim. São vocês, as pessoas especiais da minha vida.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Hoje quero partilhar um dos maiores espectáculos onde tive o prazer de estar presente! Porque penso que quando há momentos de maior melancolia, o que vale a pena, o que fica dentro de nós e nos vai dar forças, são esses momentos, esses grandes momentos, grandes viagens, grandes obras. Momentos que nos despertam as maiores emoções, momentos de descobertas.. Enfim, momentos de puro prazer. Momentos que acabam por ser só nossos, mesmo ao lado da multidão.
O momento que quero hoje partilhar convosco refere-se ao Musical Cats, composto por Andrew Loyd Webber! Um dos musicais mais brilhantes, mais lindos que acredito que poderia ter visto! Reza a lenda, que "Cats" se consagrou por mais de 20 anos em cartaz na Broadway! A história relata uma noite especial do ano, em que todos os gatos Jellicle se encontram. Nessa noite, o líder sábio e benevolente anuncia qual deles irá para um novo destino, onde nascerá uma nova vida Jellicle.. E só o tema desde logo me desperta tanta coisa...

No primeiro contacto com o palco.. A beleza, o verdadeiro brilhantismo dos cenários! Impressionante. A perfeita caracterização das personagens.. Só uma palavra se destaca. Magia!

O musical foi posteriormente gravado em dvd, aquisição que ainda me falta. :) Quem sabe um dia regressem à cidade e eu tenha o prazer de rever algo com tamanha qualidade.

Foi de facto um momento mágico, assistir em primeira fila a um musical que habitava o meu imaginário, mítico. Recomendo, Gostei, amei.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Hoje quero falar sobre algo enigmático e mágico. O pecado! O pecado é bom ou mau? Quando é pecado? Quantas vezes temos aquela sensação que não estamos a fazer o mais correcto, mas dá aquele friozinho na barriga, aquele brilho no olhar, aquele sorriso fugidio, um verdadeiro prazer, mesmo antes do acontecimento!.. Será que é pecado quando nos faz bem? Quando não afectamos ninguém, só estamos a usufruir um pouco da nossa liberdade, da nossa capacidade de desejar, de realizar.. Dizem que o fruto proibido é o mais apetecido.. Será? Eu não sei se será verdadeira essa premissa, mas a verdade para mim é que viver a vida do nosso jeito, seguindo o coração, é o mais certo, o que dá mais resultado e o que vale a pena.
Vou deixar aqui um gostinho dos 7 pecados capitais.. Fala-se da sua existência. Esses talvez sim, sejam menos desejáveis. Quando levados ao extremo.
A ira! Sinónimo de raiva, cólera, agressividade desmedida.. Porque? Porque temos pouco tempo e pouca paciencia e muitos problemas? Porque temos que provar que somos melhores e superiores? A quem?
A gula! Porque queremos tudo ao mesmo tempo? Busca do prazer sem pensar nas consequências..
Inveja! A dificuldade em admirar o outro, em ficar feliz por ele.. Mas.. E pensamos antes? Porque ele pode e eu não?...
Orgulho. "Eu sou melhor do que os outros". E porque não ficar felizes e realizados apenas por nós próprios? Porque as comparações, as competições desmedidas?..
Avareza! Apego excessivo, falta de partilha.. De bens, podemos ampliar também ao conhecimento, aos projectos.. Querer tudo para nós e esquecer o outro..
Luxúria. Impulsividade, desejo em excesso por todo o prazer sensual e material.. Hum.....
Preguiça. Preguiça de pensar, sentir, agir. Deixar para depois. Impede o movimento.. Faz com que as pessoas desqualifiquem os problemas e a sua possibilidade de solução. Vamos confiar em nós próprios, correr atrás! Li algures: definição de coragem - não de quem lutou e venceu, mas mais quem lutou, caiu e teve força para tornar a levantar.


Qual é o teu pecado capital?!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Os índios e a sua forma de estar em sociedade. Para mim, e tenho que concordar que não tenho o maior dos conhecimentos sobre o assunto, costumo dizer que esta é uma sociedade exemplar. São capazes de criar as suas normas, as suas regras sociais, lutar pelos seus ideiais. Tão distantes do nosso materialismo, desta sociedade de consumo que tudo levou ao extremo, e para longe do nosso bem e da paz interior. Tenho que clarificar que não luto contra o TER. Luto contra o deixar de ser, de sentir! De ver o outro. Basicamente tudo se resume a isso. Stress ao máximo, bem estar no limite. Nos índios, inspira-me a sua paz, a sua organização social, os seus valores, a sua capacidade de união, de respeito mútuo.. Naquela que podemos à primeira vista considerar uma sociedade rudimentar. Os antropólogos que me ajudem, sociólogos.. Estou errada? Porque sim, sou capaz de os admirar. Sou capaz de os considerar quase perfeitos. Como humanos, como pessoas. E conseguiram algo que nós nunca conseguimos. A comunhão com a natureza.
Neste momento, esta noite de chuva, encontro-me a ouvir Amy Winehouse e dou por mim a questionar o papel e o estatuto da mulher no mundo.. Mas não me quero debruçar sobre o tema por enquanto. Entretanto penso nas noites de jazz passadas na Casa do Livro. Penso nos bons momentos com os amigos. Penso nos sorrisos que se multiplicam na noite. Na forma de ser livre e feliz das pessoas que sabem saborear cada momento, cada noite. Porque a noite é sempre mais mágica do que o dia, mesmo com os seus raios de sol, mesmo com a sua luz intensa.Mesmo quando tudo é visto, há algo de ensurdecedor, algo de mudo, algo de mítico em cada noite que cai, quando os pensamentos voam, os animais se recolhem, o silencio ganha espaço e os poetas ganham vida. E é aqui que a arte ganha vida. As salas de teatro se enchem, se ouvem os mais belos musicais, os concertos proliferam nas grandes salas e nos coliseus. Os cafés se enchem de idéias, de cabeças pensantes.. E é aqui, neste universo, que vivemos os nossos segredos! Talvez esta seja a minha cidade de sonho. Onde as exposições tomam lugar e as pinturas mostram algo de transcendente, onde as nossas emoções conseguem chegar.
Quando falo em vida, falo em amor.. Porque penso que eles se confundem. Simplesmente. Talvez seja apenas uma romântica, talvez seja a minha forma de ver as coisas, só.
Mas quando falo em amor falo em pluralidade. Falo em juntar o preto e o branco, falo em ser verdadeiro, falo em não questionar, apenas sentir, viver, AMAR.
Mas hoje em dia.. Sei lá porque a gente ama.. O amor já não é para sempre (terá alguma vez sido?!), o que se diz muitas vezes é da boca para fora, e amor e sexo se confundem da forma mais simples e estranha. Já não conhecemos as pessoas porque não sabemos se podemos acreditar naquilo que elas dizem, não sabemos até onde podemos ir..
Hoje li um artigo.. Mais concretamente uma pesquisa feita, no ramo da Psicologia, misturando-se com a Sociologia (forma mais bela das ciências se conjugarem, se entrelaçarem na busca de um resultado comum, uma resposta). Nessa pesquisa, era feita uma comparação entre revistas dirigidas ao público feminino e masculino. No fundo falava-se em algo como as meninas serem formadas socialmente para viver um amor, uma paixão que se iria prolongar no tempo e onde tudo podemos mexer, tudo podemos tocar, tudo depende de nós. Bem, há uma conjuntura social que nos levaria a procurar esse amor verdadeiro, que está à espera na esquina. Por outro lado, as revistas masculinas. Que enaltecem a diversidade, a pluralidade, a vivencia de experiências, a exploração. A beleza feminina no topo dos conteúdos, o bom vivant regressando à ribalta. E a isto se resume a nossa sociedade, concluía certo parágrafo deste texto. As meninas fazem uma busca incessante, e não culpam o sistema se não o encontram! Antes, vêm a sua auto-estima arrastada na lama. Entretanto, do outro lado, naquele que acreditam ser o seu príncipe encantado, são recebidas por um homem que recebeu da sociedade e em toda a sua educação exactamente a mensagem contrária.. Palavras para que!
Aqui, fala talvez uma voz magoada, talvez uma voz que não se quer calar perante tal conclusão. Porque se pensarmos, talvez a minha mãe tenha razão, ou mais precisamente uma determinada letra musical. “Apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e ainda vivemos como os nossos pais..”. E só posso considerar isso muito triste.
Hoje espera-se um mundo diferente. Espera-se um mundo de contrários, um mundo de liberdade, de livre expressão, de paz, de inovação. Espera-se um mundo onde eu possa SER livremente, onde a união faz a força e onde todos lutam por um. Não se espera um mundo perfeito, ao contrário do que possa parecer. Apenas um mundo onde as pessoas se entendam, se aceitem, sejam compreensivas. Onde os casais falem e não discutam, onde as pessoas conversem e não se agridam, onde vivemos para ter novas experiências e não temos como preocupação número um julgar o outro. Um mundo onde se possa ser, não obrigatoriamente ter ou parecer. Onde está a prioridade dada aos sentimentos? Onde não se tem como objectivo magoar o outro, mostrar-se superior.. Quando vamos valorizar o ser humano? Olhar de verdade para a pessoa que está ao nosso lado, sem pudores, sem preconceitos. Sociedade doente, educação dada às crianças completamente sem limites, sem noção do certo e do errado. Povo, vamos sorrir ao ver a felicidade alheia, sorrir com o olhar, com os lábios, viver com as ondas do mar.. Cada vez que se perca um brilho no olhar, pode-se ganhar ao olhar uma estrela, a lua cheia, uma palavra de carinho de um amigo, ou criar uma piscina cheia deles! Porque na verdadeira amizade, na verdadeira cumplicidade, no amor.. Talvez aqui possamos encontrar a nossa essência, a força da humanidade.. O Mundo pede mais humanidade! Hoje por momentos eu sonhei que era possível.